Faça surgir em sua vida o sol do estado de buda

Olá queridos leitores. Boa tarde! O BS dessa semana está maravilhoso. E não resisti em postar a matéria abaixo assim como está no jornal. Para os que não tem acesso a ele, vale a pena dar uma lida.
O Budismo de Nichiren Daishonin ensina que nossa existência é idêntica ao universo como um todo e o universo como um todo é idêntico a nossa existência. A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo faz surgir na sua vida o potencial ilimitado capaz de transformar o impossível em possível
DA REDAÇÃO
O ser humano compreendeu as leis que regem os fenômenos da natureza e utilizou esse conhecimento para seu próprio desenvolvimento e bem-estar. Deduz-se que os primeiros conhecimentos adquiridos foram bastante simples, mas com o passar do tempo se tornaram cada vez mais complexos, abstratos e profundos. Para transmiti-los a outras pessoas ao longo do tempo e do espaço, o homem lançou mão de símbolos e, posteriormente, caracteres e letras. A linguagem, oral ou escrita, evoluiu acompanhando as necessidades e o desenvolvimento do raciocínio e da capacidade de abstração do ser humano, tornando-se altamente elaborada e decisiva na vida diária das pessoas.
O impacto, positivo ou negativo, que a linguagem causa a cada um depende de diversos fatores. Um dos principais é a capacidade de compreender o significado e atribuir valores a essas palavras ou símbolos.
Podemos citar as fórmulas usadas na matemática, na física ou em outras ciências. Basicamente, esses conjuntos de símbolos são maneiras que o homem encontrou para representar fenômenos da natureza. Seu significado pode parecer distante da realidade da maioria, mas utilizadas adequadamente formam a base para a manutenção e o progresso da sociedade moderna.
De certo ponto de vista, pode-se dizer que a força dos símbolos e das palavras é intrínseca a elas, porém sua manifestação depende de quem as utiliza e de que forma.



Símbolo da vitória absoluta
O buda Nichiren Daishonin estabeleceu a prática para se atingir a verdadeira felicidade nos Últimos Dias da Lei com a recitação do Nam-myoho-rengue-kyo.
A realidade fundamental para a qual ele despertou nada mais é que a essência da vida. É o que permeia tudo e rege todos os fenômenos universalmente, e por essa razão é chamada de Lei universal ou Lei Mística.
Fazendo uma analogia, Isaac Newton foi um grande cientista que descobriu a lei da gravitação. Ele não “inventou” uma teoria, pois a lei da gravitação sempre existiu, mesmo antes de tê-la descoberto. Ele percebeu que os objetos caem no chão devido à atração que a Terra exerce sobre todos os corpos. Portanto, essa lei não foi “inventada” mas, sim, revelada por Newton.
Daishonin percebeu a existência da realidade fundamental da vida e expressou-a na forma da Lei Mística, do Nam-myoho-rengue-kyo. 

A palavra Nam é uma abreviação de namu. Ela deriva do sânscrito namas, que significa “devotar-se” ou “dedicar-se”, ou ainda a relação perfeita da vida da pessoa com a verdade eterna. Similarmente, alguns autores atribuem a origem da palavra “religião” ao termo latim religare, que representa o fato de “se ligar fortemente ao objeto de sua crença”. Nam tem duplo significado: dedicar a própria vida ou relacionar-se com a verdade eterna da vida. O outro é acumular infinita energia por meio dessa fonte e tomar atitudes positivas aliviando o sofrimentos dos outros.
O “objeto” para o qual uma pessoa se devota é de importância fundamental para a sua vida. Existem as que dedicam a vida a ídolos, a times de futebol ou mesmo à aquisição de bens materiais, fama ou satisfação dos desejos pessoais. Embora não se trate especificamente de crenças religiosas, o direcionamento de sua devoção exerce grande influência na maneira como elas vivem e se relacionam com as outras pessoas, tendo papel crucial nos rumos de sua existência.
Em relação ao termo Nam, a frase “devotar a própria vida” não tem o significado literal de “morrer por determinada causa”, mas viver de acordo com a filosofia do Budismo de Nichiren Daishonin. No Nam-myoho-rengue-kyo, o termo nam denota o desejo, convicção e decisão de direcionar a vida para a felicidade absoluta com base na lei que rege todos os fenômenos. Direcionar a vida com base nessa lei é viver de acordo com o ritmo natural do universo.
Desse sincero sentimento de fé afloram os benefícios e a transformação da vida, decorrentes da elevação do próprio estado interior da vida em direção à iluminação. Essa transformação interna possibilita direcionar pensamentos, palavras e ações positivamente para a felicidade de si e dos outros. Nam, de Nam-myoho-rengue-kyo, não significa apenas orar “reverenciando” a Lei Mística, mas estabelecer a firme determinação de direcionar a própria vida para a felicidade e se dedicar sinceramente pelo kosen-rufu.
Myo, significa místico, não no sentido de milagre, mas indicando que o mistério da vida é de inimaginável profundidade e, portanto, além da compreensão do homem.
Ho, significa lei. A natureza da vida é tão mística e profunda que transcende o âmbito do conhecimento humano. Uma lei familiar é encontrada no desenvolvimento do ser humano. Ele nasce, cresce, torna-se jovem, depois idoso e falece. Isso é, obviamente, uma inquebrável lei que regula cada espécie da vida. Ninguém pode nascer como adulto nem escapar desse ciclo. Em suma, Myoho significa Lei Mística, que é a realidade imutável e essencial de todos os fenômenos.
Rengue, significa flor de lótus, que simboliza a simultaneidade de causa e efeito, pois a flor e a semente germinam ao mesmo tempo. O budismo esclarece que todos os fenômenos do universo são regidos por essa lei. Portanto, a condição da vida presente é o efeito das causas acumuladas no passado e as ações do presente criam causas para o futuro.
Kyo, significa sutra ou ensinamento do Buda, que é eterno. Propaga-se pelas três existências da vida — passado, presente e futuro, transcendendo as condições mutáveis do mundo físico e do ciclo de nascimento e morte.

O presidente Ikeda, em suas orientações nos conduz a uma compreensão melhor sobre a abrangência do Nam-myoho-rengue-kyo em termos do universo como um todo e da nossa própria vida. Ele diz: “A correspondência de cada parte de nosso corpo com as partes do universo é a prova de que nossa existência é um microcosmo. Nossa cabeça é redonda assim como a abóboda celeste. Nossos olhos são como o dia e a noite. Nossos cabelos brilham como as estrelas cintilantes e nossas sobrancelhas são como as sete estrelas da constelação Ursa Maior. Nossa respiração é como o vento silencioso que passa em nossas narinas, como o tranquilo ar dos vales. Há cerca de trezentas e sessenta junções no corpo humano, quase tantas quanto os dias do ano. As doze junções principais representam os doze meses do ano. O calor de nosso corpo, concentrado em nosso abdômen e nosso ventre, são como o outono e o inverno. Nossos vasos sanguíneos e nossas artérias são como as correntes e os rios. Quando sofremos uma hemorragia cerebral, é como se um dique fosse rompido. Nossos ossos são como as pedras, e nossa pele e músculos são como a terra. Nosso couro cabeludo é como uma floresta. As escrituras budistas discutem em detalhes essas correspondências, incluindo cada órgão interno, ensinando que nosso corpo é realmente um universo em miniatura”.
Tanto o universo como nossa existência individual são como uma concreta manifestação do Nam-myoho-rengue-kyo, como também do Gohonzon. Eis por que quando recitamos o Nam-myoho-rengue-kyo com fé no Gohonzon, nossa existência e o universo encaixam-se perfeitamente como duas engrenagens e, com um estímulo inicial, começam a trabalhar juntas.

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