CONSISTÊNCIA DO INICIO AO FIM - PARTE 2
O Mestre explica
Sobre os Dez Fatores da Vida, o presidente Ikeda diz: “Sua existência é um fenômeno. Suas feições fisionômicas, postura e assim por diante constituem a aparência do fenômeno que é sua vida. O que existe em seu coração, embora invisível aos olhos, tais como os traços de sua personalidade — tolerância, impaciência, gentileza e discrição — ou os vários aspectos de seu temperamento, constitui sua natureza. Sua totalidade física e espiritual, ou seja, sua aparência e sua natureza, juntas, formam sua entidade, a pessoa que você é. Da mesma maneira, sua vida tem várias energias (poder), elas produzem várias ações externas (influência). Além disso, sua vida passa a ser uma causa (causa interna) que, ativada por condições internas e externas (relação), gera mudanças em si mesma (efeito
latente) e, em seu devido momento, esses efeitos latentes se manifestam de forma concreta (efeito manifesto). Esses nove fatores também ligam sua vida e seu ambiente sem nenhuma omissão nem inconsistência (consistência do início ao fim). Este é o verdadeiro aspecto dos Dez Fatores da Vida”.
O que é consistência?
Ao pensar na palavra consistência, logo vem à mente algo que seja firme, lógico e coerente.
Um exemplo
Pense numa massa de bolo. Ela é consistente quando seus ingredientes estão misturados. Assim, o bolo fica saboroso. Com o princípio da Consistência do Início ao Fim é a mesma coisa. Porque os Dez Fatores da Vida sempre estão bem “misturados”, ou seja, estão coerentes.
Atitudes perante a vida
Ao se relacionar com as pessoas sob o olhar de mortal comum, o que se leva em conta é sua aparência, bem como suas atitudes. Entretanto, quando se usa a visão e o coração do Buda, o que prevalece é que, independentemente de quem seja ou do que tenha feito, essa pessoa é um buda.
Você é um buda
Na verdade, o fator mais relevante é o último — a Consistência do Início ao Fim. Isso porque, a pessoa, em sua essência, é um buda desde o início. Ao mesmo tempo, a vida começa e termina por meio da Lei Mística.
Vínculo com a Lei Mística
A Consistência do Início ao Fim só existe quando a pessoa vincula (liga) a vida com a Lei Mística. E essa ligação não é apenas no pensamento ou no sentimento, mas principalmente na ação. Ou seja, é agir com base na Lei Mística.
A ação do Bodhisattva Fukyo
Um claro exemplo dessa ação é o Bodhisattva Jamais Desprezar [Fukyo]. Seu comportamento era embasado no mais alto respeito pelas pessoas. Ou melhor, reverenciava a natureza de Buda de todas as pessoas, independentemente de quem fosse ou o que tivesse feito. O presidente Ikeda cita o Bodhisattva Fukyo como modelo de praticante do Budismo a ser seguido pelos membros da SGI.
Outro exemplo
Uma pessoa age de maneira errada. O que você faz? Fala mal? Critica? Ou age para direcionar a vida dessa pessoa para o caminho da felicidade? Ou respeita seu estado de Buda? Sua ação é o que o caracteriza como um buda ou não. Ou seja, é o comportamento diante de uma situação que revela que sua vida tem Consistência do Início ao Fim.
Felicidade das pessoas Uma vez que pratica o Budismo, o início é a verdadeira causa e o fim é prezar cada pessoa. A verdadeira causa — a Lei do Nam-myoho-rengue-kyo — é a atuação em prol da felicidade das pessoas, é aceitar o Gohonzon e recitar o Daimoku. Prezar cada pessoa é realizar o Chakubuku.
Conclusão
“O fator Consistência do Início ao Fim pode ser visto de um plano mais elevado. Ou seja, em termos da essência real para a qual o Buda tornou-se iluminado, a vida do Buda (início) e a vida dos seres dos nove estados (fim) são indiscutivelmente iguais (consistência) como entidades da Lei Mística. Assim, todos os seres vivos podem tornar-se budas, uma vez que despertarem para a verdadeira realidade de sua vida — isto é, que eles próprios são entidades da Lei Mística.”
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