Numa manhã tranquila,
um sujeito decide dormir até mais tarde. Apesar de o Sol estar brilhando lá
fora, ao fechar a janela, o quarto fica numa escuridão total. Surge uma
necessidade: a sede; e, com ela, o objetivo de beber água. Meio sonolento, ele
ignora a verdade de que existe um sol brilhando lá fora e não abre a janela.
Hora de elaborar um plano. A partir das lembranças de onde estão os móveis do
quarto, uma rota é estabelecida. Ele se levanta e, ao dar os primeiros passos,
pisa em algo que se mexe. É o rabo do gato, que dá um pulo e arranha sua perna.
O cachorro, ouvindo o barulho, sai de baixo da cama e tromba na perna do sujeito,
fazendo-o cair no chão. Na queda, ele esbarra em algum móvel, derrubando
objetos. No chão, sentido-se frustrado, ele pensa que diante dos obstáculos
inesperados teria sido melhor ter ficado na cama. E desiste de beber água. Note
que ele lembrou de tudo, menos de abrir a janela. Um buda teria a sabedoria de
deixar que a luz do Sol entrasse no quarto. Com uma visão iluminada sobre o
quarto, ele andaria sem esbarrar em nada. O rabo do gato, que não estava
previsto no plano, seria evitado, pois o Buda o veria antes de pisar. Parece
óbvio, mas no dia a dia, as pessoas tendem a esquecer de abrir a janela antes
de agir. E permanecem na escuridão trombando em tudo e em todos. Abrir a janela
é pôr o Gohonzon em primeiro lugar.
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